sexta-feira, 18 de abril de 2008

Espantosa simetria: dominantes substitutos

Dominante substituto é o acorde maior com sétima que tem o mesmo trítono (intervalo de três tons que causa a tensão) de outro dominante e, portanto, pode exercer a mesma função. Está localizado um semitom acima do acorde alvo. (Clique na figura para visualizar).




O trítono (intervalo que os dois dominantes têm em comum) divide exatamente no meio a oitava. No círculo das quintas é possível achar duas notas separadas por esse intervalo simplesmente traçando uma linha reta no círculo (mais detalhes no já citado artigo As geometrias do sistema tonal e o mágico mundo do círculo das quintas , de Turi Collura).
Também as fundamentais dos acordes dominantes que têm o mesmo trítono estão a três tons de distância. Como no exemplo acima, Sol está a três tons de Réb.

A tensão mais característica do dominante substituto é a quarta aumentada, cifrada como #11. Como essa nota cria um semitom com a quinta, uma boa pedida é substituir a quinta pelo #11. Bom para nós bandolinistas, que temos um acorde apenas com quatro notas: tônica, terça maior, quarta aumentada e sétima menor. Seguindo sempre nossa regra de economia de movimentos e notas no bandolim, o interessante é perceber que um mesmo modelo serve para dois acordes simétricos, pois as notas são exatamente as mesmas.

G7(#11): Sol Si Do# Fá

Db7(#11): Réb Fá Sol Dób

Veja a aplicação no exemplo abaixo: (Clique na figura para visualizar).



O uso de notas além das da tétrade possibilita um enriquecimento da harmonia e abre possibilidades de conduções de vozes diferentes no bandolim. Em posts futuros falaremos sobre como formas práticas de usar as extensões dos acordes no bandolim, mas já ficam aqui alguns exemplos de como “envenenar” uma harmonia. Tente substituir uma passagem de IIm5 V7 I7M por alguma das sugestões abaixo e veja o resultado.
(Clique na figura para visualizar).

3 comentários:

Blog dos alunos Allan Diego Brito, Matheus Bolognini e Danilo Ferraz da Disciplina: LABORATÓRIO: REVISTA Turno: NOTURNO. Professora ANDRESSA ZOI NATHANAILIDIS disse...

muito maneira a reportagem sobre o kind of blues
uma coisa legal por exemplo é vc explica na teoria o que é jazz modal.existem tem varias materias
em links(blogs incluive)que cita o jazz modal,não explicando,quer dizer,que não conhece fica boiando...algo que vc podia postar seria links pra baixar os discos em materias posteriores....

Anônimo disse...

Excelente post, ótimo para consultas futuras.
Hélio

Ana Luisa Barral disse...

^.^
EXELENTE BLOG!!!!
mto bons os textos as dicas e toda teoria musical voltada para o bandolim(até o papel de fundo é bunitin!)
vcs estão de parabéns!